Sunday, June 14, 2020

O barbudo




André Aventura… o barba ruiva

Andava o bom do André
por Loures a guerrear
os inimigos da fé:
por Dom Passos vou lutar
e destroçar a ralé!

Veio mensagem urgente
do castelo de S. Caetano:
filho…, não reajas a quente,
tem tento, cum catano,
na língua, com o rei gitano.

Tende fé em mim Senhor…,
a espada passará o infiel
com muito siso e muito fel.
Assim manda o trato purificador
do banho de S. Domingos doutor.

Vou no CM publicar
um desafio ao Al-Loucã
para combate singular:
fritarei a cabeça do satã
em azeite a escaldar…

…entretanto na AR…

Eis “a minha luta”:
a acomodação se fará
nas Desertas que são nacionais!
Depois desta labuta,
estamos em crer que será…,
em moldes constitucionais…

Roms, lelos e ciganos…
isso é tudo a mesma gente.
Até os çuleimanos:
contra a cultura recente
da democrática ordem vigente.

O “chegado” lançou ataque
destilando xenofobia,
e tiques de antropofagia.
Oiçam só o dislate…
Só mesmo de um basbaque.


Se chegar a Presidente
vou “acomodar” os lelos
o mais comodamente,
em terra de Francelos,
com praia a recebê-los.

…entretanto…

O reino foi conquistado
por um Senhor d’além Rio
avesso a qualquer desvario
e de insanos enfadado…,
«o “home” é tresloucado!».

Não soa bem a cantiga!
Assim falou o castelão:
se encheres tu a barriga
pra nós não sobra pão.
Teremos, então, grande briga…

Do alto do castelo
veio sentença liminar:
nós “botamos” no Martelo!
Pra ti vamos cagar…,
Mais pró demo do Chegar.

AC
       não há machado que corte
       a raiz ao pensamento,
       não há morte para o vento,
       não há morte…  
      (poema de Carlos de Oliveira, cantado por Manuel Freire)


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